Autoestima

Auto-estima é o ato de gostar e confiar em si mesmo e em seu direito de ser feliz. É como nos sentimos a partir do que vemos e dizemos a nosso respeito.

Se acreditar que não tenho o direito de ser feliz isso vai afetar as minhas escolhas.

Se não nos consideramos merecedores de felicidade e respeito, iremos trabalhar para isso, nos boicotando para realizar nossa profecia interior.

Como isso acontece?

Mandamos mensagens a partir de nossa postura, olhar, gestos, tom de voz, escolha das palavras, etc. Se nós não nos respeitamos, nosso comportamento irá dizer e a partir daí, a probabilidade de não sermos respeitados é muito grande.

A falta de confiança em si mesma faz com que a pessoa escolha, para se relacionar, outra pessoa que irá abandoná-la mais tarde. Através da linguagem corporal e verbal emitimos sinais para as pessoas que possam atender a esse chamado. Pessoas boas, corretas, amáveis e acessíveis atendem e se atraem por outro tipo de chamado.

As informações recebidas do mundo exterior, desde o início da nossa existência, são captadas e armazenadas em nossa mente, e irão gerar nossa programação mental. Essa programação afetará nossos comportamentos e pensamentos.

Os conceitos negativos a nosso respeito ao serem armazenados vão criando crenças e valores. Essas crenças e valores vão criando um mapa mental do nosso mundo, ou seja, como pensamos que ele é. E veremos a realidade através da lente desse nosso mapa mental.

Imaginem uma criança ouvindo os seguintes comentários vindos de pessoas importantes para ela:

Você me atrapalha, faz tudo errado.

Você não pode ser assim ou mamãe não vai mais gostar de você.

Moleque, você só sabe chorar.

Você não vai conseguir, deixa que eu faço.

Mensagens desse tipo certamente podem gerar culpa, inferioridade, rejeição, indignidade, sentimento de não ter valor, impotência, medo da perda, e estes sentimentos poderão influenciar a criança a querer agradar de qualquer forma, para ser amada, mesmo desagradando a si mesma. Essa criança provavelmente terá problemas no relacionamento com ela mesma e conseqüentemente com os outros devido a crenças limitantes criadas no seu modelo de mundo.

Com esse sentimento de culpa instalado a criança pode passar a acreditar (crença) que sua vida está fadada ao abandono. Se esta é a programação que carrega com ela, vai então fazer com que as coisas aconteçam desta forma. Como vai conseguir isso? Poderá ajustar a realidade ao seu programa. Irá inconscientemente escolher parceiros(as) que não se importarão com ela, para que o abandono aconteça, as outras pessoas não serão “interessantes”.

Quando adultos já com algum meio de defesa, estas mensagens podem afetar nossa autoconfiança, imaginem na infância quando vamos engolindo tudo sem condições de questionar.

Uma pessoa que se programou para ser infeliz, não vai se permitir ser feliz. Pode buscar a felicidade e torcer para que ela venha, mas que venha num futuro, pois no momento presente o programa que está instalado na sua mente não permite. Como o futuro é feito a partir do presente a pessoa está predestinada à infelicidade. Quando estamos com baixa auto-estima, passamos a ser nossos próprios adversários.

É possível mudar?

Sim.

Por onde começar?

Comece reconhecendo os resultados que tem obtido, às vezes é necessário nos sentirmos insatisfeitos para nos abrirmos a novas e melhores possibilidades. Decida se realmente você quer ser feliz. Mas esteja certa da sua decisão, pois você irá investir energia, tempo e dinheiro neste processo. Se decidir ser feliz então comece, acione. A cada momento você tem pelo menos duas escolhas remoer o passado ou fazer algo de bom e útil no seu presente. O autoconhecimento é o caminho, a reprogramação o processo, e a felicidade o prêmio. A felicidade é o prêmio, o presente. E se é presente por que deixar para o futuro? Concluindo, nós fazemos as nossas escolhas e estas estão ligadas à nossa auto-estima, portanto a auto estima determina nosso destino. Auto estima não é sinônimo de conquista, mas de condições para tal.

Através do autoconhecimento, podemos expandir nossa consciência sobre nós mesmos identificando nossos talentos crenças e valores, e a cada vez que aumentamos nossa consciência aumentamos as condições que temos de utilizar nosso potencial para sermos verdadeiramente felizes.

Temos qualidades e temos pontos a serem trabalhados, cuidados. Quando reconhecemos nossas qualidades elas ficam mais fortes, e quando aceitamos nossos sentimentos negativos eles ficam mais fracos. Enfrentar o medo é menos assustador do que conviver com ele. Só quando identificamos o problema é que podemos pensar na solução. O reconhecimento é o prêmio da sabedoria. A aceitação de como somos e o respeito por nós é o passo mais importante para que possamos ser nossos melhores amigos e não nossos algozes.

Nosso passado explica nossas memórias e nossas crenças atuais, mas não justifica um futuro sem felicidade.

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